Grau

5 métodos para montar um planejamento de estudos eficiente

Por: Faculdade Grau

09/01/2023

Confira um guia exclusivo para planejar e implementar, na prática, um planejamento de estudos que vai transformar a sua vida de estudante!

Quando estamos apenas no campo das teorias, estudar significa, simplesmente, assimilar determinado conteúdo. Porém, quando vamos para a prática, percebemos que há muito mais envolvido neste processo do que simplesmente sentar e estudar

As dificuldades que surgem no caminho de todos os estudantes nos revelam a importância de um bom planejamento de estudos: um plano amplo que envolve uma esquematização, um cronograma, objetivos e passos práticos para alcançá-los.

Desenvolver um bom planejamento, no entanto, não é tão simples para quem está fazendo isso pela primeira vez, tampouco é um processo intuitivo. É preciso, antes de tudo, saber com o que podemos contar – métodos, estratégias, hábitos – e até onde somos capazes de chegar.

Se você é um estudante universitário ou pretende tornar-se um em 2023, hoje, no Blog da Faculdade Grau, você vai encontrar um guia completo com 5 dicas para você montar um planejamentos de estudos super eficiente, além de uma lista de aplicativos e ferramentas digitais que podem ajudá-lo a gerir o seu tempo e organizar as suas disciplinas.

Vamos lá?

Este conteúdo abordará os seguintes tópicos:

Por que ter um planejamento de estudos?

Em poucas palavras, um estudante deve possuir um planejamento para estudar porque isso aumentará a sua produtividade e otimizará o seu desempenho como aluno, seja na faculdade ou em qualquer outra instituição de ensino.

Com um grande volume de disciplinas a serem estudadas, é comum que os alunos novatos já iniciem suas trajetórias acadêmicas com um pouco de dificuldade. Gerir e dar conta de absorver tantos conteúdos diferentes não é tarefa fácil para quem não está acostumado a se organizar para isso.

Um planejamento de estudos é a solução para este problema. E a melhor parte é que não é preciso esperar o problema chegar para implementar um planejamento na sua rotina – você pode fazer isso agora mesmo!

Saber por onde e como começar trará mais fôlego para os seus estudos, manterá sua mente mais tranquila para absorver melhor as informações e, com certeza, tornará a sua jornada muito mais prazerosa.

Qual a diferença entre planejamento, cronograma e ciclo de estudos?

Montar um planejamento de estudos, no entanto, depende da definição de determinados conceitos e do cumprimento de uma série de passos que vão ajudá-lo a alcançar os resultados desejados.

As primeiras definições que devem estar bastante claras são as diferenças entre um planejamento de estudos, cronograma de estudos e ciclo de estudos.

  1. Planejamento de estudos

O planejamento de estudos é o aspecto mais amplo de todo o processo. É o plano por trás de tudo o que será concretizado ao longo do período de estudos estipulado.

É no planejamento que você decidirá o que você irá estudar, dentro de determinado semestre ou período de tempo, quais serão as matérias, quanto tempo estudará por dia e qual será a distribuição de conteúdo ideal para que, ao fim deste período, você tenha sido capaz de estudar tudo o que o seu curso exige.

Esta etapa é fundamental porque é ela quem dará subsídio para a parte prática do planejamento, ou seja, o que de fato estará dentro do seu cronograma, sobre o qual falaremos a seguir.

  1. Cronograma de estudos
Estudante montando seu cronograma de estudos

Com o planejamento de estudos em mãos, chegou a hora de estipular o nosso cronograma de estudos. O cronograma é, estritamente, uma espécie de calendário, agenda ou quadro onde estarão descritos, com precisão, quais serão os horários de estudos, os prazos, se haverá revisão do conteúdo e o que será estudado em cada dia da semana.

O cronograma pode abordar poucos dias, uma semana, todo o mês ou um semestre inteiro.

O cronograma pode ser feito, manualmente, em uma folha de caderno, agenda ou um quadro na parede, ou em um software como o Google Agenda, por exemplo, em que possam ser descritos conteúdos, horários e dias. Tudo, é claro, com base no planejamento feito previamente.

  1. Ciclo de estudos

O ciclo de estudos é o aspecto mais aproximado do processo.

Quando fazemos um cronograma, ele pode ser dividido em pequenos ciclos. Estes ciclos podem durar três, quatro, cinco ou mais dias, a depender da sua meta, e podem ser estipulados alguns micro-objetivos para eles. 

Estes micro-objetivos são propósitos menores que os objetivos finais do planejamento de estudos, mas que podem ser usados como pequenos marcos de vitória no decorrer de toda a jornada. Conquistar pequenas marcas garante fôlego na hora de estudar, ajuda a seguir com o seu cronograma e mantém a moral do estudante em alta.

A importância da rotina

Desenvolver um plano de estudos pode parecer complicado, mas a parte mais difícil de todo o processo é a implementação prática da rotina que o cronograma exige do aluno.

Para os que não estão habituados a manter horários e atividades diárias, a criação deste hábito pode ser ainda mais dura. Contudo, uma coisa deve estar sempre na mente do estudante: sem rotina, não há planejamento!

Isso acontece porque a manutenção diária de uma atividade gera previsibilidade, um item essencial para que a nossa mente possa trabalhar de modo mais tranquilo, produtivo e sem ansiedade. Quando vivemos em uma sequência de atividades imprevisíveis, nosso cérebro tende a sentir-se ansioso por não saber o que virá; essa reação é uma espécie de defesa contra o inesperado e evitá-la é fundamental para uma boa absorção nos estudos.

A rotina, portanto, deve não somente ser implementada, mas mantida por vários dias a fio, até que se torne um hábito naturalizado dentro do nosso dia a dia. É comum, neste processo, que surjam imprevistos – eles podem e devem ser contabilizados, afinal, são inevitáveis. 

A importância da rotina de estudos se mostra também nestes momentos: com uma rotina sólida, temos sempre para onde voltar após um imprevisto. Sem uma rotina, ficamos perdidos.

Como estabelecer metas e objetivos?

Um segundo ponto tão importante quanto a rotina é o estabelecimento de metas. Sem metas, como podemos saber onde queremos chegar e qual o caminho para isso?

As metas e objetivos devem ser, em um plano amplo, aquilo que a sua faculdade exige que seja absorvido dentro de um semestre, ano ou totalidade do curso. Para dividir o nosso cronograma em partes menores, podemos estabelecer os micro-objetivos que citamos algumas linhas acima.

Para estabelecer as metas é preciso clareza. Não só clareza com relação ao volume de conteúdo que precisa ser estudado, mas também com relação à própria limitação pessoal do estudante.

Por exemplo: quantas horas você pode estudar por dia? Qual é a sua quantidade de tempo livre? É preciso trabalhar e estudar ao mesmo tempo ou a faculdade é sua única atividade regular?

Com tudo isso em mãos, pode começar o esboço. Vejamos o exemplo abaixo:

Imagine que você pode estudar duas horas por dia e precisa estudar 5 disciplinas durante todo o semestre.

Com 5 dias úteis por semana, uma organização possível seria estudar uma matéria por dia. Passar 2 horas por dia estudando a mesma matéria, no entanto, pode se tornar maçante no longo prazo, portanto pode haver uma divisão: você pode estudar duas matérias, durante 1 hora, todos os dias.

Deste modo, você pode escolher para serem estudadas nos mesmos dias as matérias que encontram alguma afinidade entre si. Por exemplo: é possível estudar Estatística e Cálculo no mesmo dia, pois são matérias que se complementam e giram em torno do mesmo eixo, a matemática.

Veja, abaixo, alguns exemplos de objetivos que podem ser usados em um planejamento de estudos:

  • Estudar um livro, de determinada disciplina, até o capítulo 5, em dois meses;
  • Absorver 5 temas diferentes, de determinada disciplina, por mês;
  • Fechar o conteúdo semestral de uma disciplina antes das provas finais;
  • Fechar cada mês tendo compreendido, por completo, pelo menos ⅙ do conteúdo semestral de cada disciplina.
  • Etc.

Métodos 

Na implementação de um planejamento de estudos, por último, mas não menos importante, estão os métodos. Afinal, para aplicar algo na prática é preciso lançar mão de artifícios que tornem essa aplicação simples e organizada. 

De acordo com o dicionário, um método se define por: “procedimento, técnica ou meio de fazer alguma coisa”. Ou seja, tudo aquilo que fazemos, fazemos através de um método.

Para ensinar, os professores se utilizam de métodos pedagógicos. Para construir prédios, os engenheiros se utilizam de métodos de construção, e assim por diante.

Listamos, abaixo, 5 métodos de estudo que vão ajudá-lo a colocar qualquer planejamento de estudos em prática rapidamente!

1. Método Pomodoro

O método Pomodoro de gestão de tempo consiste em estudar próximo de um cronômetro ou relógio.

Com este cronômetro, você separa períodos de tempo de 25 minutos e de 15 minutos. O método consiste em fazer alguma atividade durante 25 minutos e, em seguida, tirar 15 minutos de descanso entre um intervalo e outro.

Esse método nos ajuda a evitar as tantas distrações que atrapalham as atividades que requerem concentração, porque engloba um período específico para elas.

2. Mapa mental

Os mapas mentais são esquematizações visuais de conteúdo que ajudam aqueles que sentem uma maior necessidade de visualizar os resultados de seus estudos.

Para desenvolver um mapa mental, comece com um assunto principal e vá desenhando ramificações a partir dele, como galhos que saem do centro de uma árvore e se desdobram em diversos outros galhos menores.

Mapa mental
Fonte: Miro

3. Estudo mnemônico

Esse tipo de estudo favorece aqueles que precisam de algum gatilho para decorar as coisas. 

O estudo mnemônico é muito comum em escolas e cursinhos pré-vestibulares, e consiste em criar rimas, músicas ou jogos lúdicos para facilitar a memorização e a absorção de determinados conteúdos técnicos.

4. Fichamento

Fazer um fichamento nada mais é do que ler um livro ou apostila e desenvolver pequenos resumos em fichas. Essas fichas podem ser organizadas cronologicamente, de acordo com a própria organização do livro, ou da maneira como o estudante preferir e facilitar a absorção do conteúdo.

5. Método Robinson (ou EPL2R)

O método Robinson (ou EPL2R) consiste em respeitar 5 etapas na hora de estudar. São elas:

  1. Explorar (E)
  2. Perguntar (P)
  3. Ler (L)
  4. Rememorar e repassar (2R)

Por exemplo: ao estudar sobre uma teoria através do método Robinson, primeiro você deve (E) explorar o autor e sua origem; depois (P) perguntar, ou seja, levantar dúvidas sobre a primeira exploração. Em seguida, (L) fazer uma leitura aprofundada do tema e tentar sanar a maior parte das dúvidas da etapa anterior. Ao (2R) rememorar, garante-se a absorção do conteúdo e ao repassar, faz-se uma análise minuciosa de todas as etapas anteriores, o que pode gerar anotações e resumos.

Aplicativos e ferramentas úteis para um estudante

Agora que já destrinchamos bastante o assunto, nós, da Faculdade Grau, montamos uma lista de 6 softwares e aplicativos que podem ajudá-lo a gerir o seu tempo, montar cronogramas ou desenvolver mapas mentais.

1. Google Calendar

Para quem precisa de um calendário simplificado, fácil de sincronizar entre celular e computador e de manuseio super simples, o Calendário do Google é a pedida certa!

2. MindMeister

Desenvolva mapas mentais com muita facilidade em um aplicativo intuitivo e com um ótimo visual.

3. Todoist

Faça listas de tarefas com muita facilidade com o Todoist.

4. Be Focused

O app Be Focused o ajuda a gerenciar o seu tempo a partir do método Pomodoro.

5. Remember The Milk

Home da plataforma Remember the milk

6. EstudAqui

Este app é super completo e monta um cronograma de estudos para você a partir das suas necessidades. Teste e faça alterações que personalizem o seu cronograma.

Conclusão

Planejar, estipular prazos, metas e objetivos, e depois implementar na prática um plano de estudos, pode não ser a tarefa mais fácil do mundo, mas com certeza será um divisor de águas na sua trajetória acadêmica. Portanto, mãos à obra e conte com a Faculdade Grau!

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