Grau

Mulheres na educação: 5 nomes que mudaram a história

Por: Faculdade Grau

10/03/2023

Sabemos que a história das mulheres é de muita luta. Ainda hoje, existe a busca pela igualdade no mercado de trabalho e por salários justos quando se trata de exercer a mesma função que um homem. Porém, ganhar um valor inferior e, principalmente, ainda existir essa imagem criada há bastante tempo no país, de que a mulher precisa somente cuidar da casa e dos filhos, são coisas que não podemos aceitar mais. Aos poucos e com o passar do tempo, a figura feminina foi tomando seu espaço na sociedade. Um bom exemplo, foi o seu direito de estudar e assim conseguir ganhar espaço para as mulheres na educação.

As primeiras escolas no Brasil foram criadas pelos jesuítas, no período colonial, dando direito, apenas, aos meninos e homens de elite de estudarem e se formarem. Só em 1827, cinco anos depois da independência do Brasil, que as meninas ganharam o direito de frequentar as escolas. Mas o seu aprendizado era bem diferente da escola masculina.

O primeiro ponto era que as escolas eram separadas das masculinas e, para as meninas, o foco era prepará-las para cuidar da casa e da família e conteúdos como matemática, português e história eram reduzidos. É claro que, como sabemos, com o passar dos anos isso mudou, meninos e meninas começaram a estudar na mesma escola, turma e o mesmo conteúdo dentro da sala de aula.

Tanto que, hoje, as meninas apresentam maior sucesso de trajetória escolar. Entre os adultos com mais de 25 anos, 49,5% das mulheres concluíram o ensino médio, contra 45% dos homens, de acordo com dados da Pnad Contínua  de 2018. Já no ensino superior, elas compõem 55% das matrículas de graduação.

Pensando em como as mulheres fazem parte da história da educação do país, no texto de hoje vamos apresentar o nome de 5 mulheres na educação que foram importantes para a evolução deste cenário e lutaram pelos direitos de todas.

O texto de hoje contém os tópicos:

Mulheres: Acesso ao ensino superior

Duas estudantes no corredor de uma universidade.

Como falamos logo no início do texto, as mulheres tiveram acesso muito tarde à educação dentro das escolas e, mesmo assim, os conteúdos estudados eram voltados ao trabalho dentro de casa e à família. O Dia da Mulher, celebrado em 08 de março, é a representação dessa luta, que começou há vários anos e ainda existe, que é a busca por igualdade de gênero, combate a violência e a garantia do direito das meninas e mulheres.

A demora por conquistar seu direito de estudar não foi apenas nas escolas, como dito anteriormente, mas na faculdade também. As mulheres só puderam frequentar uma faculdade a partir de 1879 e um detalhe chama a atenção: as candidatas solteiras tinham que apresentar uma licença de seus pais, dando a permissão para poder estudar. Já as casadas eram obrigadas a ter o consentimento de seus maridos, de forma escrita.

Por mais que pensemos como é absurda a forma como as mulheres eram aceitas nas faculdades, podemos dizer que esse foi o primeiro passo para conseguir a liberdade de estudar e ter uma formação acadêmica. Isso tudo foi garantido pela Lei Geral, que permitiu às mulheres o acesso ao estudo.

As faculdades privadas foram as primeiras a aceitar mulheres como suas estudantes. Para garantir e assegurar a educação feminina, as ordens religiosas tiveram um papel fundamental nesse quesito. Um exemplo é o Colégio Imaculada Conceição, mantido pela Companhia das Filhas de Caridade de São Vicente de Paula.

Após a conquista do acesso ao ensino superior, as mulheres não mais retrocederam no que diz respeito à educação. A Education at a Glance (EaG) publicou em 2021 uma pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e, em seu resultado, as mulheres têm mais chances de fazer o ensino superior do que os homens.

Podemos ver que a participação delas cresceu de forma incrível e só mostrou a importância da mulher no cenário da educação. O Censo da Educação Superior de 2016 mostrou que as mulheres representavam 57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação.

Vendo como existe a importância da mulher na educação brasileira, vamos destacar, hoje, cinco nomes de mulheres que foram responsáveis por transformar a educação no país.

5 personalidades femininas na educação brasileira

Três mulheres numa biblioteca, estudando juntas por um computador.

Anália Emília Franco

Responsável por criar 71 escolas, além de albergues e asilos para crianças órfãs, entre outras instituições. Por essa razão, ela recebeu, o título de “Grande Dama da Educação Brasileira”, como homenagem.

Anália foi professora primária e saiu de São Paulo com destino ao interior, para ensinar as crianças locais. Foi aí que abriu sua primeira escola, alugando uma casa e transformando-a em espaço para educar as meninas e meninos que precisavam. Além disso, ela também chegou a escrever livros didáticos e pedagógicos.

Bertha Maria Júlia Lutz

Bertha estudou Ciências Naturais na Universidade Sorbonne (França). Quando voltou ao Brasil, em 1919, candidatou-se a um cargo público no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, mas teve sua inscrição negada por ser mulher. Após fazer um apelo à justiça e conseguir realizar a prova, ela passou em 1º lugar e atuou como professora no local, por mais de 40 anos.

Em 1936, assumiu seu primeiro cargo político, como primeira suplente. Seu trabalho político foi bastante importante, tanto que ela se tornou uma das quatro mulheres escolhidas entre 850 pessoas para participar da redação da Carta das Nações Unidas.

Débora Seabra de Moura

Débora foi a primeira professora com Síndrome de Down no país, entrando para a história do Brasil. Infelizmente, os anos de faculdade não foram fáceis para ela, pois Débora passou por momentos de constrangimento, dentro da instituição. 

Mas ela não se abalou e fez uma greve para não entrar na sala enquanto não fosse respeitada. Posteriormente, ela foi escolhida como rainha em uma festa de São João, em seu último ano de magistério, e recebeu uma homenagem no convite da formatura pela luta em prol da inclusão social.

Êda Luiz

Ela foi diretora do Cieja Campo Limpo, escola de Educação Integrada de Jovens e Adultos, durante 20 anos, onde tomou uma iniciativa que se transformou em um modelo de educação inovadora e inclusiva.

O Cieja permite que a educação chegue às pessoas de todos os perfis, dos 15 anos em diante, jovens expulsos das escolas de origem, trabalhadores que tiveram que abrir mão de seus estudos e estudantes que o ensino regular teve dificuldades de absorver, como cegos, surdos e portadores de necessidades especiais.

Essa ação levou ao reconhecimento de Escola de Educação Transformadora para o Século XXI, no ano de 2017, pela UNESCO, sendo uma das duas únicas escolas a receber o título no Brasil.

Dorina de Gouvêa Nowill

Após perder a visão, aos 17 anos, em razão de uma doença não diagnosticada, Dorina se tornou a primeira aluna cega a frequentar um curso regular. Ela foi responsável pela criação da Fundação para o Livro do Cego no Brasil, em 1946.

Dorina também colaborou para elaborar a lei de integração escolar, regulamentada em 1956, e dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos do MEC, de 1961 a 1973. Ela também foi presidente do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje União Mundial de Cegos.

Após esses 5 grandes exemplos e de vermos a importância da mulher no setor da educação brasileira, vimos como essas cinco figuras foram necessárias para ajudar na evolução, acesso e crescimento educacional de várias pessoas no país. Podemos entender, assim, o quão necessário é ter essas figuras dentro de uma instituição de ensino. E uma ótima opção para quem deseja fazer a diferença, na vida escolar/acadêmica, é escolher a carreira da pedagogia.

Como vimos, algumas dessas personalidades que citamos tiveram o sentimento e notaram que cada pessoa é única e que o modo de aprendizagem muda de uma pessoa para outra. Por essa razão que as mulheres na educação, são essenciais, principalmente quando estão no papel do pedagogo. Este profissional dentro de uma instituição de ensino, é o de fornecer aos professores métodos que os ajudem a transmitir seus conhecimentos de maneira mais eficiente e didática, para que cada aluno se sinta incluído e possa aprender da melhor forma.

Aqui, na Faculdade Grau, você tem a chance de fazer o curso, no formato EaD, com a duração de 4 anos, divididos em oito semestres, tendo a oportunidade de atuar, após sua formação, em escolas públicas e privadas, visando a qualidade do ensino, na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Além disso, dentro da Faculdade, você ainda vai contar com o auxílio da Agência de Emprego, que ajuda nossos alunos com os processos seletivos para uma futura vaga de emprego, oferecendo palestras, minicursos e oficinas, dando suporte ao estudante neste momento tão importante na sua vida.

Conquistar o seu lugar no mercado

Professora negra, ensinando seus alunos.

Como falamos, o curso de pedagogia é na modalidade EaD, pois entendemos que com a correria do dia a dia é muito difícil criar uma rotina de estudo e, por muitas vezes, o sonho de ter uma formação acadêmica é deixado de lado por essa razão. Pensando nisso, separamos algumas dicas para você organizar sua rotina de trabalho e estudos.

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